quinta-feira, agosto 13, 2009

PENIS ENLARGEMENT

Será que meu "pipi" é pequeno? Infelizmente, vou ter que começar a reparar no bilau das pessoas quando for usar um banheiro público. Manja aqueles latões fedorentos que espiram xixi para todos os lados? É, vou ter que usá-los. Que coisa linda! Bom, o fato é que recebo muitos e-mails falando sobre aumento e alargamento de pênis e problemas de ereção. Como descobriram que tenho problemas com isso? Ou será que todo mundo recebe essas merdas? Achei que essa mania havia acabado há tempos. De qualquer forma, vou ter que espiar o "dos outros" no latão, logicamente, escondendo o meu, pois nunca se sabe né?

Ainda bem que estes e-mails não vem em forma de corrente. Imagine só: "Repasse este e-mail para 15 pessoas que seu bilau se tornará um popstar. Se você não repassar este e-mail, seu pinto vai diminuir ainda mais, e você nunca mais vai usá-lo por prazer. Se conseguir tal proeza, com certeza sua transa irá por água abaixo, pois sua parceira rirá muito de você". Credo! Que pesadelo!

Vai ver que é isso, o assunto é tão preocupante para muitas pessoas, que se torna um pesadelo. Desde a antiguidade acredita-se que os homens mais "dotados" tem maior força e resistência, sendo assim melhores reprodutores e mais atrativos para as fêmeas, conquistando assim as melhores do grupo. Algumas tribos indígenas tinham o costume de aplicar veneno de cobra nos órgãos genitais objetivando aumentar o pênis. A dor chegava a perdurar durante seis meses. Será que a cobra picava a "cobra", ou eles aplicavam de outra forma? É de se pensar!

Mas será que tamanho realmente é documento? Ou temos que saber usar para fazer direito? Eu não me importo com tamanho. Se o "meu" é grande ou pequeno, eu nem sei. Nem quero saber. Ninguém nunca reclamou! Mas vai que eu realmente precise de um desses apetrechos milagrosos. Complicado né? O pior é descobrir que o artefato nada mais é que uma casinha de marimbondos. Aê fudeu!

É melhor deletar esses e-mails cretinos e desencanar do assunto. Estou satisfeito do jeito que sou. As mulheres podem até querer por silicone no peito, bunda, coxa, etc, aplicar botox e tudo mais. Mas aumentar o pênis? Ah, vai se danar! Ainda se eu molhasse as calças quando urinasse, até vai né!

quinta-feira, agosto 06, 2009

A PONTE MAIS COMPRIDA DO MUNDO, por Abraão Vinhas

Transcorria o ano de 1981 e o mês era abril.

Eu havia combinado com o senhor Mário Corbucci de ir trabalhar o gado e fazer um balanço em sua fazenda, a Dois Córregos, no município de Selvíria, Mato Grosso do Sul. Combinei também levar cinco animais petiços que pertenciam a meus netos e que eu cuidava. Os animais estavam no sítio Dois Irmãos de propriedade de meu genro Olívio Voltolini, em Sud Menuci.

Na minha passagem por Pereira Barreto encontrei um caminhoneiro conhecido que estava transportando gado de Mato Grosso. Para evitar problemas na fronteira dos estados fiz um acerto com ele:

- Depois de amanhã estarei te esperando às 10 horas na boca da ponte da usina hidrelétrica.

Ele concordou e posei aquela noite em Bela Floresta e na noite seguinte, posei na Fazenda Caçula que faz divisa com Ilha Solteira. Ao amanhecer, do dia fui procurar a ponte onde cheguei as oito e meia. Procurei um barranco para o caminhão encostar, desencilhei o animal em que estava montado, ensaquei o arreio e fiquei esperando pelo caminhoneiro. Os animais ficaram pastando por ali e eu cuidando. As horas foram passando dez, meio dia, duas da tarde, quatro, sete da noite e nada do caminhoneiro, e eu só com o café da manha.

Durante a noite fiquei marcando no relógio 40 minutos, uma hora e não passava nada na ponte. Encilhei o cavalo Baguari, o que não era petiço, montei, joguei os outros quatro na ponte e meti-lhes arreador, fui a galopito. Quando fui passando pelo primeiro guarda ele estava bem sonolento e só levantou a cabeça mas não disse nada. Eu apurando cada vez mais os petiços.

O segundo guarda ouviu o tropel dos animais e saiu da guarita. Enquanto passava ele gritou:

- Ô velho, para onde tu vais?

- Vou pro leste! – respondi, cada vez mais apertando os petiços e pensando: meu Deus, que ponte comprida.

Quando sai em território mato-grossense tive muita sorte e não encontrei nenhuma condução. Joguei os petiços no costado da cerca à esquerda, abri o aramado e entrei na fazenda da Unesp e fui sair em Selvíria para não passar no posto aduaneiro. Peguei a estrada boiadeira e dois quilômetros depois desencilhei o Baguari, armei a rede na cerca do corredor e esperei o dia clarear.

Para mim foi a ponte mais comprida do mundo.


Do Livro “Memórias de um Boiadeiro”, de Abraão Vinhas